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Me deparei com outra joia no livro do Professor Bwemba Bong, “Quand l'Africain était l'or noir da l'Europe. L'Afrique: Atriz ou Vítima do Traité des Noirs? – Démontage des mensonges et de la falsification de l'histoire de l'hydre des razzias négrières transatlantiques" (Quando o africano period o ouro negro da Europa. África: Atriz ou Vítima do Tráfico de Escravos? – Desmantelando as mentiras e falsificações da história da hidra dos ataques transatlânticos de escravos).” Depois a indústria têxtildesta vez, trata-se da fertilidade do solo do Congo, da sua agricultura e das diferentes culturas existentes século 16. No texto, é bom notar a grãos antigos usado na África Central na época: um grão chamado luco (poderia ser o painço de dedo?) da qual se extrai uma farinha branca semelhante ao trigo, ao milho (introduzido pelos portugueses no Congo, e que não tinha qualquer valor actual a não ser para alimentar os porcos, tal como o arroz), nozes como o dendê (pela descrição do seu uso, percebe-se o início da indústria multimilionária do óleo de palma), nozes de cola, tâmaras e bananeira. Enquanto lemos, notamos o uso de alguns desses grãos para alimentar, mas também para curar. Eu me pergunto se alguns desses grãos nativos ainda são usados hoje?
Em seu livro, o Pr. Bong mostra que a agricultura tradicional africana period boa e alimentava correctamente as suas populações a partir de planaltos ricos e férteis, até à chegada dos europeus que colapsaram a sua agricultura de modo a virar a economia inteiramente para o comércio de seres humanos, que period a única mercadoria de interesse para eles. Isto levou a ciclos de fome num continente cheio de terras aráveis e de forte conhecimento agrícola. O ciclo não mudou hoje no continente africano, com as culturas comerciais destinadas ao consumo no Ocidente e agora no Oriente, deixando mais uma vez rastros de fome no seu rasto; daí as notícias constantes sobre a fome em África em países ricos em terras aráveis, mas que cultivam, digamos, café ou cacau ou outros para consumo ocidental.
Filippo Pigafetta e Duarte Lopes, O reino do Congo e os países vizinhos (1591), Chandeigne/Unesco, 2002, p. 133-136 (trad. Willy Balapresentação e notas Willy Bal); Bwemba Bong, Quand l'Africain était l'or noir da l'Europe. L'Afrique: Atriz ou Vítima do Traité des Noirs?, MedouNeter 2022, p. 175-177 (traduzido para o inglês pelo Dr. Y, Afrolegends. com). Aproveitar!
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Há também milho branco chamado mazza di Congoisto é, “Grão do Congo," e milho, que é o menos apreciado e que é dado aos porcos; o arroz também não tem muito valor. O milho é chamado maça Manputoou seja, “grão de Portugal”, Portugal de fato tem o nome Manputo. (poderia ser outra origem de o nome Maputo em Moçambique?).
Existem também várias espécies de árvores que produzem uma enorme quantidade de frutos, a tal ponto que a maioria dos habitantes se alimenta dos frutos do país., como cidras, limões e principalmente laranjas, que são muito saborosos, nem doces nem amargos e que não incomodam de forma alguma quem os ingere. O senhor Duarte contou (para mostrar a fertilidade do país) que tinha visto uma semente de cidra, conservada na polpa e na própria cidra, germinar em quatro dias.
Outras frutas são aquelas chamadas banana. Achamos que eles são musa do Egito e da Síria, com a diferença de que no Congo a bananeira atinge o tamanho de uma árvore; é podada todos os anos para produzir melhor. A banana é uma fruta muito perfumada e muito nutritiva.
Diferentes espécies de palmeiras também crescem nestes planaltos : uma delas é a tamareira, a outra é aquela que contém castanha da índia chamada cocosporque dentro há uma cabeça que lembra um macaco. Daí o costume na Espanha de gritar “cocola"para assustar as crianças.
Há outra espécie de palmeira, semelhante às anteriores e da qual se obtém azeite, vinho, vinagre, frutas e pão. O óleo é feito da polpa da fruta; sua cor e consistência são as da manteigaembora seja mais esverdeado; tem os mesmos usos do azeite e da manteiga; explode em chamas; pode ser usado para ungir o corpo; é excelente para cozinhar; obtemos isso da fruta, assim como obtemos o azeite das azeitonas; nós o cozinhamos para conservá-lo. O pão é feito com o caroço da fruta, que se assemelha a uma amêndoa, embora mais dura; euDentro, encontramos uma medula que é boa para comer, saudável, nutritiva. Toda essa fruta é verde, inclusive a polpa, e é consumida crua e torrada. O vinho é obtido pela perfuração do topo da árvore : escorre um licor, semelhante ao leite; doce nos primeiros dias, azeda e com o tempo vira vinagre, que é usado na salada. Mas o vinho é bebido gelado, é diurético, a tal ponto que neste país ninguém oferece areia ou pedras na bexiga; intoxica quem bebe em excesso; é muito nutritivo.
Outras árvores produzem frutos chamados colado tamanho de uma pinha e dentro dos quais estão outros frutos em forma de castanha, contendo eles próprios quatro polpas separadas, de cor vermelha e carmesim. Esses as frutas são mantidas na boca, mastigadas e comidas para matar a sede e dar sabor à água; eles preservam e restauram o estômago e são especialmente eficazes em doenças do fígado. Lopes disse que um fígado de galinha ou de outra ave, já em putrefação, borrifado com o suco dessas frutas, tornava-se fresco outra vez e quase retomava seu estado anterior. Todos usam esse alimento comumente, em quantidades muito grandes; também é uma boa mercadoria.
Encontramos outras espécies selvagens de palmeiras que produzem diversos frutos comestíveis e cujas folhas são utilizadas para fazer esteiras, cobrir casas, tecer cestos, cestas e outros objetos do mesmo tipo, dos quais necessitamos diariamente.
Outras árvores são chamadas oghegheos frutos que produzem assemelham-se a ameixas amarelas, são excelentes para comer e perfumados. Cortamos galhos dessas árvores, eles são plantados tão próximos que se tocam; criam raízes e, crescendo e crescendo, formam paliçadas e muros ao redor das casas. Ao colocarmos as esteiras, criamos uma cerca, um pátio e este tipo de treliças também servem para dar sombra e proteger do calor do sol.
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