Gigantes Esquecidos - Ao dirigir-se ao norte de Cartum por uma estrada estreita em direção à antiga cidade de Meroé, uma visão deslumbrante surge além da miragem: dezenas de pirâmides íngremes perfurando o horizonte. Não importa quantas vezes você visite, há uma sensação de descoberta.
Em Meroé, antiga capital do Reino de Kush, a estrada divide a cidade. Ao leste, encontra-se o cemitério real, adornado com cerca de 50 pirâmides de arenito e tijolo vermelho de alturas variadas, muitas com topos quebrados, vestígios dos saqueadores europeus do século XIX. Ao oeste, está a cidade real, que abriga as ruínas de um palácio, um templo e um banho real. Cada estrutura exibe uma arquitetura distinta influenciada pelos gostos decorativos locais, egípcios e greco-romanos – uma evidência das conexões globais de Meroé.
Os primeiros colonizadores no norte do Sudão remontam a 300 mil anos. Lar do mais antigo reino da África Subsaariana, o Reino de Kush (cerca de 2.500-1.500 a.C.) produziu algumas das cerâmicas mais requintadas do Vale do Nilo, incluindo copos Kerma.
O Sudão era cobiçado por seus ricos recursos naturais, especialmente ouro, ébano e marfim. Antigos egípcios eram atraídos para o sul em busca desses recursos durante o Antigo Império (cerca de 2.686-2.181 a.C.), frequentemente resultando em conflitos enquanto governantes egípcios e sudaneses disputavam o controle do comércio.
Kush dominou o Vale do Nilo por volta de 1700 a.C. Conflitos surgiram entre Egito e Kush, culminando na conquista de Kush por Tutmés I (1504-1492 a.C.). No oeste e sul, culturas neolíticas persistiram, além do alcance dos governantes egípcios.
A cidade de Meroé é marcada por mais de duzentas pirâmides, muitas agora em ruínas, com tamanhos e proporções distintas, reminiscentes das pirâmides núbias.
O mineralogista francês Frédéric Cailliaud (1787-1869) trouxe Meroé à atenção europeia em 1821. Entre as descobertas fascinantes estavam relevos e pinturas nas paredes de câmaras sepulcrais. Uma pintura retrata um gigante de proporções imensas carregando dois elefantes.
As características do gigante não são núbias, mas caucasianas, com cabelos claros. Poderia este mural ser uma evidência de uma antiga raça de gigantes ruivos com seis dedos?
No passado distante, será que gigantes realmente perambulavam pelo Vale do Nilo? Em 79 d.C., o historiador romano Flávio Josefo escreveu que os últimos membros da raça de gigantes egípcios viveram no século 13 a.C., durante o reinado do rei Josué. Ele descreveu que tinham corpos enormes e rostos tão diferentes dos humanos comuns que olhar para eles era surpreendente, e ouvir suas vozes altas era tão intimidante quanto o rugido de um leão.
Além disso, muitas pinturas murais antigas do Egito retratam os construtores das pirâmides como "Pessoas Gigantes", com 5 a 6 metros de altura. Especialistas sugerem que esses gigantes conseguiam erguer blocos individuais pesando de 4 a 5 toneladas. Algumas dessas pinturas murais antigas mostravam reis gigantes governando o antigo Egito, enquanto outras retratavam servos comparativamente pequenos sob o comando do povo gigante.
Em 1988, o empresário suíço Gregor Spoerri, um fervoroso admirador da história do Antigo Egito, encontrou-se com uma gangue de ladrões de túmulos por meio de um contato privado no Egito. Em uma pequena casa em Bir Hooker, a cem quilômetros a nordeste do Cairo, Spoerri testemunhou um dedo gigante mumificado envolto em panos.
O dedo estava extremamente seco e leve. Segundo Spoerri, a incrível criatura a que pertencia deveria ter pelo menos 5 metros (quase 16,48 pés) de altura. Para autenticar, um invasor de túmulos mostrou uma foto de raio-X do dedo mumificado tirada na década de 1960. Para mais informações, leia este artigo que publicamos anteriormente.
Inúmeras pinturas murais antigas encontradas no Egito levaram muitos a acreditar que os antigos egípcios eram gigantes de tamanhos diferentes. Esses gigantes egípcios conviveram com humanos de tamanho normal, além de animais e pássaros gigantes. Será que gigantes realmente caminharam pela Terra junto com os humanos? Isso é possível historicamente e cientificamente?
As enigmáticas pinturas murais de Meroé e os relatos históricos de gigantes no Egito levantam questões fascinantes. Enquanto alguns argumentam que essas representações são simbólicas, outros afirmam que fornecem vislumbres de uma era esquecida de seres colossais.
Ao explorarmos os mistérios do passado, é essencial abordar essas descobertas com mente aberta. O mural gigante em Meroé desafia nossa compreensão das civilizações antigas, instigando-nos a reconsiderar as narrativas que moldaram nossa percepção da história.
Evento Histórico | Ano | Período da Descoberta | Arqueólogo Responsável |
---|---|---|---|
Descoberta de Meroé e Pirâmides Núbias | 1821 | Século XIX | Frédéric Cailliaud |
Reino de Kush e a Era das Pirâmides | 2500-1500 a.C. | Antiguidade | - |
Conflitos entre Egito e Kush | 1700 a.C. | Antiguidade | Tutmés I |
Pinturas Murais em Câmaras Sepulcrais de Meroé | 1821 | Século XIX | Frédéric Cailliaud |
Gigante Mural de Meroé Carregando Elefantes | 1821 | Século XIX | Frédéric Cailliaud |
Relatos de Gigantes na Antiguidade Egípcia | 79 d.C. | Antiguidade | Flávio Josefo |
Encontro de Gregor Spoerri com Ladrões de Túmulos | 1988 | Século XX | Gregor Spoerri |
Esta tabela destaca os principais eventos históricos relacionados a Meroé e às pirâmides núbias, incluindo o ano, o período da descoberta e os arqueólogos responsáveis por essas descobertas.
Em conclusão, as relíquias de Meroé nos convidam a explorar mais a fundo, incentivando uma exploração matizada do rico tecido do passado do Vale do Nilo. Ao contemplarmos a possibilidade de gigantes no antigo Egito, a jornada pelo desconhecido continua, convidando-nos a desvendar os fios da história entrelaçados na própria essência das pirâmides e seus segredos.
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